RADIO PORTAL FLASH BACK

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Song for Guy


É uma música composta por Elton John, basicamente instrumental, quase em seu fim diz a frase: A vida não é tudo, é a 6ª e última faixa de seu álbum de 1978 A Single Man.
 --Enquanto escrevia esta música um domingo, imaginei-me flutuando no espaço e olhando para o meu próprio corpo. Imaginei-me morrendo. Morbidamente obcecado com esses pensamentos, escrevi essa música sobre a morte. No dia seguinte, eu soube que Guy (Burchett), nosso mensageiro de 17 anos, tinha sido morto tragicamente com sua moto no dia anterior. Guy morreu no dia em que escrevi essa música--.
                                                                                                          Elton John

 Foi um tributo a Guy Burchett, um jovem funcionário da gravadora Rocket Records que foi morto em um acidente de motocicleta. A canção quase foi um sucesso mundial, sendo bem colocada em todas as paradas, exceto nos Estados Unidos e Canadá, onde a MCA, gravadora de Elton, não acreditou que a canção tinha potencial, devido ao recente sucesso de The Music Box Dancer.


quarta-feira, 20 de setembro de 2017

CBGB


O CBGB ou CBGB & OMFUG, sigla para Country, Bluegrass, and Blues and Other Music For Uplifting Gormandizers, foi um clube de música estadunidense, localizado no bairro East Village, em Manhattan, Nova Iorque. É notado por ter sido o berço de diversas bandas de renome, principalmente relacionados ao punk rock.
 Seu nome pode ser livremente traduzido como Country, Bluegrass e Blues e outras músicas para levantar os gulosos ou colocar os gordos pra suar.
Inicialmente o público do clube consistia em fãs de Country e Blues, assim como de algumas bandas que lá se apresentavam.
 Em 1965 foi inaugurado em Nova Iorque o clube Max's Kansas City, o primeiro lugar onde Lou Reed e o Velvet Underground, os New York Dolls, os The Stooges e Iggy Pop se apresentavam. Então em 1973 Hilly Kristal, proprietário do CBGB, decidiu abrir o clube para o público Punk Rock, recebendo shows do Television e, mais tarde, de Patti Smith.
 O lugar tornou-se muito conhecido como o berço do punk rock, e está marcado na história de bandas e pessoas como Television, Richard Hell, Johnny Thunders & The Heartbreakers, The Ramones, Blondie, Elvis Costello, The Dead Boys, The Misfits e de muitos outros personagens importantes da música dos anos 70 e 80 dos Estados Unidos. Foi palco de muitas historias envolvendo não só bandas americanas, mas também britânicas, como o Sex Pistols, e brasileiras como Supla e Ratos de Porão. No início de 1977 a The Damned foi a primeira banda britânica a se apresentar no CBGB.
 Embora as bandas não gostassem muito de se apresentar lá, por não ser um ambiente agradável, acabavam tocando por causa da pouca fama do local na época, pois o clube queria se tornar famoso.
 Algumas das mais importantes e engraçadas historias do lugar acabaram aparecendo no livro Mate-Me por Favor escrito por Legs McNeil e Gilliam McCain, e o livro mostra depoimentos de alguns personagens do CBGB. Sempre envolvidos em problemas financeiros, na última década o CBGB esteve prestes a fechar por causa de uma divida, causada principalmente pelo aumento exponencial dos aluguéis no Lower East Side, que na época já havia levado ao fechamento da maior parte dos negócios locais. Bandas como Misfits, Exploited, Anti-Nowhere League, Gorilla Biscuits, Vandals, Dead Boys, Flipper, Peter and the Test Tube Babies, Sham 69, Adrenalin O.D. voltaram a tocar juntas para arrecadar dinheiro e pagar a divida do lugar que as lançou para o sucesso. O proprietário Hilly Kristal conseguiu um acordo com a Bowery Residents Committee, que manteria o CBGB aberto pelo menos até 31 de Outubro de 2009. Atualmente o CBGB é uma loja de roupas.

 Em  19 de janeiro de 2015 diretamente para TV com 1h 41min foi lançado o filme CBGB - O BERÇO DO PUNK ROCK.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Bohemian Rhapsody


 É uma canção composta em 1975 por Freddie Mercury, integrante da banda britânica Queen, e incluída no seu álbum A Night at the Opera. Esta canção não possui refrão, e consiste de três partes principais: um segmento de balada que acaba com um solo de guitarra, uma passagem operística e uma seção de hard rock. Nela, Freddie Mercury, Roger Taylor e Brian May cantam respectivamente nas tessituras média, aguda e grave. May toca a guitarra, Taylor toca bateria, tímpano e gongo, e John Deacon toca o baixo elétrico.
 Quando foi lançada como single, Bohemian Rhapsody se tornou um sucesso comercial, ficando no topo da UK Singles Chart por nove semanas e vendendo mais de um milhão de cópias até o fim de janeiro de 1976. Ela alcançou o topo das listas em diversos outros mercados, incluindo Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Irlanda e Holanda.
 O single foi acompanhado de um vídeo promocional, inovador para a época, e popularizou o uso de videoclipes para lançamento de singles , além de ter sido considerado o marco inicial da era da MTV. Apesar de a reação crítica ter sido inicialmente dividida, particularmente nos Estados Unidos, Bohemian Rhapsody continua sendo uma das músicas mais populares do Queen. A revista Rolling Stone a colocou na 163° posição da sua lista The 500 Greatest Songs of All Time, e considerou o seu solo de guitarra como o 20° melhor solo de todos os tempos.
 Freddie Mercury escreveu a maior parte de Bohemian Rhapsody em sua casa, em Holland Road, Kensington, no oeste de Londres. O produtor da música, Roy Thomas Baker, relatou como Mercury tocou para ele o início do trecho da balada: "Ele tocou o início no piano, e então parou e disse, 'E é aqui que a parte da ópera começa!' E então fomos jantar". O guitarrista Brian May disse que a banda considerou o projeto de Mercury para a música intrigante e original, e que merecia ser trabalhado. Grande parte do material do Queen, de acordo com May, era escrito no estúdio, mas essa música já estava na mente de Freddie antes de eles começarem. A musicóloga Sheila Whiteley sugeriu que o título se baseia fortemente na ideologia do rock contemporâneo, no individualismo do mundo boêmio do artista, com a rapsódia afirmando os ideais românticos do art rock. Comentando sobre seu boemismo, Judith Peraino disse que Mercury queria... [que essa música] fosse uma zombaria, algo fora do normal nas músicas de rock, e ela realmente segue uma certa lógica operística: coros de muitas vozes se alternam em solos melódicos, as emoções são excessivas, e o enredo é confuso.
 De acordo com Chris Smith (um pianista amigo de Mercury), Mercury começou a desenvolver Bohemian Rhapsody no fim da década de 1960. Mercury costumava tocar no piano partes de músicas que ele estava escrevendo, e uma de suas peças, conhecida como The Cowboy Song, continha letras que acabaram na versão completa que foi produzida anos depois, em 1975, especificamente Mama... just killed a man.
 As gravações começaram no Rockfield Studios, próximo de Monmouth, em 24 de agosto de 1975, depois de três semanas de ensaio em Herefordshire. Durante a produção da música foram usados outros quatro estúdios (Roundhouse, SARM, Scorpion e Wessex). De acordo com alguns membros da banda, Mercury preparou a música mentalmente em antecedência, e dirigiu a banda durante a produção. Mercury usou um piano Bechstein, no qual ele tocou no vídeo promocional e no tour pelo Reino Unido. Devido à natureza elaborada da música, ela foi gravada em várias partes e a junção foi realizada usando a batida da bateria para manter todas as faixas sincronizadas.
 A música consiste de seis partes: introdução, balada, solo de guitarra, ópera, hard rock e conclusão. Este formato, com mudanças abruptas de estilo, tom e andamento, era incomum em músicas de rock. Uma versão embriônica desse estilo já havia sido utilizada pela banda em "My Fairy King" e "The March of the Black Queen.
 May, Mercury e Taylor alegadamente cantaram suas partes vocais continuamente de 10 a 12 horas por dia. Toda a peça demorou três semanas para ser gravada, e algumas seções exigiram 180 overdubs separados. Já que os estúdios da época ofereciam fitas analógicas com apenas 24 canais, foi necessário que os três gravassem a si mesmos muitas vezes e então juntassem tudo em sucessivas submixagens. No fim, foram usadas fitas de até oitava geração. As várias seções de fita contendo as submixagens desejadas tiveram que ser cortadas com gilete e então montadas na sequência correta usando fita adesiva. Foi o single mais caro já produzido e uma das gravações mais elaboradas na história da música popular.

Introdução (0:00–0:49):
 A música começa com um coral a capella em quatro partes em si bemol maior - realizado com gravações em multicanais inteiramente de Mercury, apesar de o vídeo mostrar os quatro membros cantando esta parte. A letra questiona se a vida é real ou apenas fantasia antes de concluir que não pode haver escapatória da realidade.
 Após 14 segundos, o piano entra e a voz de Mercury se alterna com outras partes vocais. O narrador se apresenta como apenas um pobre garoto, mas declara que não precisa de simpatia porque ele vem fácil, vai fácil; um efeito cromático em vem fácil, vai fácil destaca a atmosfera onírica. O fim desta parte é marcado pela entrada do baixo e a familiar parte do piano em si bemol maior.

Balada (0:49–2:36):
 O piano começa a parte em si bemol maior junto com a entrada do baixo de Deacon, marcando o início dessa parte. Depois de ser tocada duas vezes, a voz de Mercury entra. Durante o curso da seção, os vocais evoluem de uma harmonia suavemente cantada para uma apaixonada performance solo de Mercury. O narrador explica para sua mãe que ele havia acabado de matar um homem com uma arma contra sua cabeça e, ao fazê-lo, jogou sua vida fora. Essa seção confessional, comentou Whiteley, é uma afirmativa da carinhosa e vivificante força do feminino e da necessidade de absolvição. A linha cromática do baixo faz uma modulação para mi bemol maior, o que sustenta o clima de desespero. É nessa altura (1:19) que a bateria de Taylor entra (apresentando o ritmo 1-1-2 de We Will Rock You em formato de balada), e o narrador faz a segunda de diversas invocações por sua mãe no novo tom, reutilizando o tema original. O narrador explica seu arrependimento por fazê-la chorar e pede à sua mãe que siga em frente como se nada importasse para ele. Uma breve variação descendente do piano conecta com duas repetições da parte em si bemol maior, introduzindo o segundo verso.
 Enquanto a balada prossegue em seu segundo verso, o narrador mostra quão cansado e abatido ele está por suas ações(enquanto May entra na guitarra e imita a tessitura superior do piano aos 1:50). May imita outro objeto de percussão (uma bell tree) durante a linha sends shivers down my spine(causa arrepios na espinha). O narrador dá adeus ao mundo, anunciando que ele tem que ir e se prepara para encarar a verdade, admitindo Eu não quero morrer / Às vezes, eu gostaria de nem ter nascido. Nesse momento, começa o solo de guitarra, que eventualmente passa por uma modulação com uma rápida série de notas descendentes, que levam a tonalidade para lá maior, marcando o início da seção ópera.

Solo de guitarra (2:36–3:03):
 Enquanto Mercury canta a linha ascendente Às vezes, eu gostaria de nem ter nascido, o volume de som aumenta, chegando ao solo de guitarra tocado e composto por May, que serve como uma ponte entre a balada e a ópera. A intensidade continua a crescer, mas assim que a nova tonalidade é estabelecida a banda emudece abruptamente aos 3:03, exceto pelo piano.
 O produtor Baker lembrou que o solo de May foi feito em apenas uma faixa, ao invés de gravar faixas múltiplas. May afirmou que queria compor uma pequena melodia que seria uma contrapartida da melodia principal; eu não queria apenas tocar a melodia. O guitarrista disse que seu melhor material provém dessa forma de trabalho, na qual ele pensa na melodia antes de tocá-la: os dedos tendem a ser previsíveis, a não ser que estejam sendo controlados pelo cérebro.

Ópera (3:03–4:07):
 Uma rápida série de mudanças rítmicas e harmônicas introduzem uma seção intermédia pseudo-operística, que contém a maior parte dos elaborados vocais, representando a descida do narrador ao inferno. Apesar de o pulso básico da música ser mantido, a dinâmica varia muito de compasso para compasso, desde apenas a voz de Mercury acompanhada pelo piano, até um coro de várias vozes apoiados pela bateria, baixo, piano e tímpano.[24] De acordo com Roger Taylor, a sua voz combinada com as de May e Mercury criou um amplo alcance vocal: "Brian podia alcançar notas muito baixas, Freddie tinha uma voz poderosa nas notas médias, e eu era bom com as notas altas." A banda quis criar "uma parede de som, que começa baixa e vai até o alto."[10] A banda usou o efeito de sinos para as expressões "Magnifico" e "Let me go".[24] Além disso, em "Let me go", Taylor, cantando a parte mais alta,[24] continua por um tempo após o "coro" ter parado de cantar.
 Referências líricas nesta passagem incluem Scaramouche, o fandango, Galileo Galilei, o Figaro, e Bismillah, enquanto facções rivais lutam pela alma do narrador. Peraino chamou a sequência tanto de um julgamento em quadrinhos e um rito de passagem... um coro acusa, outro defende, enquanto o herói apresenta a si mesmo como pacífico e astuto. A introdução da música é lembrada em I'm just a poor boy, nobody loves me. A seção conclui com um tratamento completo de coral na frase Beelzebub has a devil put aside for me!, num bloco em si bemol maior. Usando a tecnologia de 24 faixas disponível na época, a seção ópera demorou cerca de três semanas para ser finalizada.

Hard rock/Heavy metal (4:07–4:56):
A seção operística leva a um agressivo interlúdio musical hard rock/heavy metal, com um riff de guitarra escrito por Mercury. Aos 4:15, Mercury canta palavras raivosas dirigidas a um você não especificado, acusando-o(a) de traição e abuso e insistindo que ele(a) não pode fazer isso comigo, o que poderia ser interpretado como um flashback para certos eventos que levaram à seção de balada(acabei de matar um homem). A guitarra toca três passagens ascendentes e Mercury novamente executa uma parte em si bemol maior, enquanto a música se aproxima do final com um ritardando.

Conclusão (4:56–5:55):
Depois de May tocar algumas notas, a música retorna ao tempo e forma da introdução, inicialmente em mi bemol maior, antes de rapidamente mudar para dó menor, e logo entra em uma série de modulações curtas, voltando ao dó menor em tempo para a seção nothing really matters final. Uma guitarra acompanha o coro ooh, ooh yeah, ooh yeah. Uma melodia é tocada por um amplificador criado por John Deacon, carinhosamente apelidado de Deacy Amp. A linha de Mercury Nothing really matters... aparece novamente, embalado por leves arpejos de piano, sugerindo tanto a resignação(tonalidades menores) quanto um novo sentido de liberdade no amplo leque vocal. Depois que a linha nothing really matters é repetida várias vezes, a música finalmente acaba em mi bemol maior. A última parte da letra, cantada calmamente, Anyway the wind blows é seguida pela batida de um gongo, que marca o fim da música.
 O The New York Times comentou que a característica mais distintiva da música é a letra fatalista. Mercury se recusou a explicar sua composição, dizendo apenas que se tratava de relacionamentos; a banda ainda protege o segredo da música. Brian May apoia sugestões de que a música possui referências veladas a traumas pessoais de Mercury, relembrando que Freddie era uma pessoa muito complexa: irreverente e engraçada no exterior, mas escondia inseguranças e problemas com sua vida e sua infância. Ele nunca explicou a letra, mas eu acho que ele colocou muito de si mesmo naquela música. May, entretanto, diz que a banda concordou que o ponto central da letra era um problema íntimo do compositor. Em um documentário da BBC Three sobre o making of de Bohemian Rhapsody, Roger Taylor afirmou que o verdadeiro significado da música é bastante auto-explicativo, apenas com um pouco de nonsense no meio.
 Entretanto, quando a banda lançou seu cassette Greatest Hits no Irã, um folheto em Persa foi incluído com tradução e explicações(referenciando um livro publicado no Irã, chamado The March of the Black Queen de Sarah Sefati e Farhad Arkani, o qual incluía uma trajetória completa da banda e letras completas com tradução para o persa). Na explicação, Queen diz que Bohemian Rhapsody fala sobre um jovem homem que acidentalmente matou alguém e, como Fausto, vendeu sua alma ao diabo. Na noite anterior à sua execução, ele chama pelo Deus dos Mulçulmanos, Bismillah, e com a ajuda de anjos, recupera sua alma de Shaitan.
 Apesar disso, críticas, tanto jornalísticas quanto acadêmicas, especularam sobre o significado por trás da letra da música. Alguns acreditam que ela descreve um assassino suicida atormentado por demônios ou retrata eventos que precedem uma execução. Essa última explicação aponta, como uma provável inspiração, para o romance de Albert Camus, O Estrangeiro, no qual um jovem confessa um assassinato por impulso e tem uma epifania antes de ser executado. Outros acreditam que a letra foi escrita apenas para se encaixar na música, e que não possui significado; Kenny Everett citou Mercury afirmando que a letra era apenas um nonsense aleatório e com rimas. Mesmo assim, outros interpretaram a letra como uma maneira de Mercury enfrentar seus problemas pessoais.

-É uma daquelas músicas que possui um sentimento de fantasia. Eu acho que as pessoas deveriam apenas ouví-la, pensar sobre ela, e então refletir sobre o que ela tenta lhes dizer... Bohemian Rhapsody não surgiu do nada. Eu pesquisei um pouco, apesar de ser uma brincadeira que zomba da ópera. Por que não?
—Freddie Mercury--

 Quando a banda quis lançar o single em 1975, vários executivos sugeriram que, com 5 minutos e 55 segundos, a música era longa demais e nunca se tornaria um hit. De acordo com o produtor Roy Thomas Baker, ele e a banda contornaram essa decisão corporativa ao tocar a música para o DJ da Capital Radio, Kenny Everett: Nós tínhamos uma versão completa, mas dissemos que ele só podia recebê-la se prometesse não tocá-la. Eu não vou tocar, ele disse, piscando o olho". Seu plano funcionou - Everett provocou seus ouvintes ao tocar apenas partes da música. A demanda da audiência se intensificou quando Everett tocou a música inteira em seu show 14 vezes em dois dias. Hordas de fãs tentaram comprar o single na segunda-feira seguinte, apenas para serem informados pelas lojas de discos que ele não havia sido lançado. No mesmo fim de semana, Paul Drew, que dirigia as estações RKO nos Estados Unidos, ouviu a música no show de Everett, em Londres. Drew conseguiu uma cópia da fita e começou a tocá-la nos EUA. Em uma entrevista com a Sound on Sound, Baker refletiu que foi uma situação estranha onde rádios de ambos os lados do Atlântico estavam quebrando recordes com uma música que as empresas disseram que não seria tocada! Eventualmente, o single sem edições foi lançado, com I'm in Love with My Car no Lado B.
 A música se tornou a número um do Natal de 1975 nas paradas do Reino Unido, mantendo a posição por nove semanas. Bohemian Rhapsody foi a primeira música a alcançar a primeira posição duas vezes com a mesma versão, e também foi o único single a ter sido número um de Natal no Reino Unido duas vezes com a mesma versão. A segunda vez foi no seu relançamento(junto com These Are the Days of Our Lives) em 1991, logo após a morte de Mercury, ficando no primeiro lugar por cinco semanas.
 Nos Estados Unidos o single foi um sucesso(apesar de numa escala menor do que no Reino Unido). O single original, lançado no início de 1976, alcançou a nona posição na Billboard Hot 100, enquanto que no relançamento em 1992(programado para sair junto ao filme no qual aparecia, Wayne's World) alcançou a segunda posição. Em uma entrevista retrospectiva, Anthony DeCurtis, da revista Rolling Stone, explicou a performance inicial relativamente fraca da música nos EUA, dizendo que era um excelente exemplo do tipo de coisa que não se dá muito bem na América. Sua longa permanência nas paradas, 24 semanas, resultou em ser listada como 18° dentre os maiores hits de 1976 - mais alto do que alguns singles que alcançaram número 1 no mesmo ano. O single também recebeu disco de ouro por vender mais de um milhão de cópias nos EUA. Com o público canadense o single se saiu melhor, alcançando a primeira posição nas paradas nacionais em 1 de maio de 1976.
 Apesar de alguns artistas terem feito antes videoclipes para acompanhar músicas(incluindo o próprio Queen; por exemplo, Keep Yourself Alive, Seven Seas of Rhye, Killer Queen e Liar já tinham propagandas populares), só depois do sucesso de Bohemian Rhapsody é que a produção de vídeos promocionais para singles se tornou uma prática regular da indústria da música. Esses vídeos podiam ser mostrados em shows na TV, como o Top of the Pops da BBC, sem a necessidade do artista aparecer pessoalmente. Um vídeo promocional também permitia que o artista tivesse sua música transmitida e acompanhada por um visual de sua escolha, ao invés de dançarinos, já que poderia ficar estranho dançar numa música tão complexa. O vídeo tem sido reconhecido como o lançamento da era da MTV.
 A banda foi contratada pela empresa Trilion, que fornecia cobertura de esportes para a ITV. Um de seus caminhões foi alugado e enviado ao Elstree Studios, onde a banda estava ensaiando para seu tour. O vídeo foi dirigido por Bruce Gowers, que também dirigiu um vídeo da apresentação da banda em 1974 no Rainbow Theatre, Londres, e foi gravado pelo cameraman Barry Dodd e o assistente Jim McCutcheon. O vídeo foi gravado em apenas quatro horas, em 10 de novembro de 1975, e custou £4,500. O diretor disse que toda a banda estava envolvida na discussão do vídeo e do resultado final, embora houvesse apenas um líder.
 O vídeo inicia com uma imagem dos quatro membros da banda na penumbra, enquanto cantam a parte a capella. As luzes se apagam, e a imagem muda para close-ups de Freddie. A composição da imagem é a mesma da capa do seu segundo álbum, Queen II. A foto, inspirada em uma fotografia da atriz Marlene Dietrich, era a imagem favorita da banda. O vídeo então muda para a banda tocando seus instrumentos. Na seção operística o cenário volta às posições do Queen II, depois do que eles retornam ao palco durante a parte de rock.
 Todos os efeitos especiais foram realizados durante a gravação, e não por edição. O efeito visual do rosto de Mercury aparecendo em cascata(durante a linha ecoada go) foi realizada ao apontar a câmera para um monitor, dando feedback visual, um brilho semelhante ao feedback de áudio. O efeito de colmeia foi criado usando uma lente modificada. O vídeo foi editado em cinco horas, pois deveria ser transmitido na mesma semana em que foi gravado. Foi enviado para a BBC assim que terminado, e transmitido pela primeira vez em Top of the Pops, em novembro de 1975. Depois de algumas semanas em primeiro lugar, foi criada uma versão editada. As diferenças mais óbvias são as chamas sobrepostas e diversos ângulos de câmera alterados.
 Apesar de ter se tornado uma das mais reverenciadas músicas na história da música popular, algumas reações críticas iniciais foram fracas. Mesmo assim, a música recebeu numerosos prêmios, e tem sido parodiada e interpretada por muitos artistas. Em 1977, apenas dois anos depois de seu lançamento, a British Phonographic Industry nomeou Bohemian Rhapsody como o melhor single britânico no período de 1952-1977. O single está regularmente presente em enquetes de melhores músicas, e foi nomeada pelo Guinness Book of Records como o melhor single britânico de todos os tempos. Em 2004 a revista Rolling Stone colocou a música em centésimo sexagésimo terceiro lugar na sua lista The 500 Greatest Songs of All Time. A música também está listada na Rock and Roll Hall of Fame's 500 Songs that Shaped Rock and Roll".
 A música alcançou décimo lugar na enquete da BBC World Service, para encontrar a canção favorita em todo o mundo. Em 2000, ela ficou em segundo lugar, atrás de Imagine de John Lennon, na enquete do Channel 4 sobre The Best Number 1s. Ela tem estado nas cinco primeiras posições do anual All-time Top 100 Singles holandês desde 1977, alcançando a primeira posição em oito ocasiões, mais do que qualquer outro artista. Em 1999, a enquete anual Top 2000 começou a procurar as melhores músicas já criadas, e Bohemian Rhapsody tem sido a número um em todos os anos, com exceção de 2005 e 2010.
 Em 2004, a música foi incluída no Grammy Hall of Fame. Até 2004 Bohemian Rhapsody foi a segunda canção mais tocada na rádio britânica, em clubes e em jukeboxes coletivos. A BBC Radio 2 revelou, no aniversário de 50 anos da UK Charts, numa lista das 100 maiores músicas, que Bohemian Rhapsody foi a música mais tocada desde o lançamento da rádio, seguida de Imagine de John Lennon e Hey Jude dos Beatles. Em 2004 a BBC Three apresentou a música como parte de sua série de documentários The Story of..., dedicado a músicas específicas. Transmitido pela primeira vez em dezembro de 2004, o programa mostrou a história da música, discutiu suas credenciais, e levou Roger Taylor e Brian May de volta a um dos estúdios no qual a música foi gravada.
 Em 1992, a canção foi cantada pelo cantor britânico Elton John e por Axl Rose no concerto de tributo a Freddie Mercury, The Freddie Mercury Tribute Concert.] Em 1997, foi gravada por Montserrat Caballe e por Bruce Dickinson para o álbum Friends For Life. Em 2009, os The Muppets gravaram e lançaram digitalmente como single uma versão da música com um toque infantil. Também foi feito um vídeo musical do single, dirigido por Kirk Thatcher. No mesmo ano, a cantora Pink cantou a canção na paragem da digressão Funhouse Tour na Austrália. No ano seguinte, o elenco da série de televisão americana Glee fez uma versão no episódio Journey. Em 2011, Christina Aguilera, Cee Lo Green, Adam Levine e Blake Shelton fizeram uma versão no reality show The Voice. Mais tarde, a versão foi utilizada no comercial de lançamento do carro Volkswagen Fox Rock in Rio. Em 2015, The Forest Rangers, The White Buffalo, Billy Valentine & Franky Perez gravaram uma versão para o primeiro episódio da sétima temporada do seriado Sons of Anarchy. Em 2016, a música foi colocada nos trailers do filme Esquadrão Suicida. Em 2017, o grupo a capella Pentatonix (PTX) fez uma versão apenas com vozes.