Nova Iorque, *12 de julho de 1950 - Nova Iorque, +24 de
novembro de 1991, nome artístico de Paul Charles Caravello, foi um músico de
rock americano, famoso pelo seu trabalho como baterista da banda Kiss na década
de 1980 após a saída de Peter Criss. Nos palcos, Eric assumia a personalidade
de The Fox(A Raposa). Ele permaneceu como baterista do Kiss até sua morte aos
41 anos em 1991, causada por complicações decorrentes de um câncer no coração.
Nascido Paul Charles
Caravello na cidade de Nova Iorque em 12 de julho de 1950, filho de Albert e
Connie Caravello e proveniente de uma família de músicos, ele passou sua
infância em Brownsville, bairro residencial do distrito do Brooklyn, parte
leste da capital nova-iorquina. Seu pai trabalhava muito e por isso a relação
de ambos era distante: "Nunca fomos a um jogo de beisebol ou esse tipo de
coisa". Quando jovem, o futuro baterista passava grande parte de seu tempo
sozinho em seu quarto brincando com soldadinhos ou monstros de brinquedo.
Caravello estudou na High School of Art and Design em Nova
Iorque e planejava ser cartunista, mudando de ideia algum tempo depois para
fotografo. Carr declarou posteriormente que tal época foi uma grande perda de
tempo, pois ele e seus amigos não levavam os trabalhos e o futuro de suas
carreiras a sério, bebendo sempre que possível. No entanto, ele se descrevia
como um bom garoto no geral, nunca tendo feito nada que criasse grandes
problemas. Ele conta também que era um dos únicos garotos que usava cabelos
longos na escola, isso devido ao seu amor pelos Beatles.
Em 1968 ele se formou
na escola, justamente a época em que Nova Iorque passou por uma série de
protestos e motins e o Brooklyn experimentou um grande êxodo da população
branca, passando a se tornar um bairro predominantemente de afro-americanos. A
respeito disso, Caravello declarou: "Eu nunca tive problemas com ninguém,
eu tinha amigos negros e nunca cresci pensando nesse tipo de coisa.
Ainda na escola,
Caravello tocou em uma série de bandas, realizando diversos covers de músicas
que estavam nas paradas de sucesso. Naquela época, conforme ele disse
posteriormente, as músicas de maior sucesso eram diversificadas, incluindo
"funk, baladas, rock, country e de tudo. Foi um grande momento para o
rádio. Sua primeira banda chamava-se The Cellarmen e foi formada em 1965 por
ele e seus amigos. Eles tocavam em alguns clubes no Brooklyn e Queens e até
tiveram algumas gravações lançadas pela Jody, uma pequena gravadora local que
existia na época. Após isso, Caravello foi para uma banda chamada Things That
Go Bump In The Night e logo depois para outra chamada Smack, sendo que a última
era formada por quase todos os membros da Cellarmen, que havia se dissolvido em
1968.
Em 1970, passou a
integrar o Salt & Pepper (chamada assim porque metade de seus membros eram
brancos e metade eram negros), uma banda que tocava covers de diversos gêneros.
Em 1973, a banda mudou seu nome para Creation e passou a tocar música disco. Em
1974, uma tragédia aconteceu: durante uma apresentação na discoteca Gulliver,
em Port Chester, Nova Iorque, um incêndio tomou conta de local, matando dezenas
de pessoas, incluindo o tecladista e o vocalista da banda. Caravello escapou e
ajudou a salvar uma das vocais de apoio da banda. Mais tarde descobrira-se que
o incêndio foi iniciado por um ladrão que colocou fogo no prédio adjacente para
encobrir rastros.
A banda recebeu
doações para substituir seus equipamentos destruídos e continuaram a tocar, às
vezes usando o nome de Bionic Boogie. No período em que existiu, a banda
alcançou um sucesso razoável na noite nova-iorquina, inclusive abrindo shows
para nomes consagrados, como Stevie Wonder e Nina Simone. Carr continuaria na
banda até 1979, que se dissolveria no final do mesmo ano. Mais tarde, ele
descreveria a banda da seguinte maneira: "Foram basicamente como minha
família por nove anos”.
Em dezembro de 1979,
ele entrou para o Flasher, um quarteto de rock que fazia covers. Após três
semanas de ensaios, eles foram tocar em clubes. Nessa época, Carr começou a
refletir sobre sua carreira como músico e todos os anos que já havia feito
aquilo interruptamente e com pouca recompensa, considerando a possibilidade de
abandonar esse tipo de trabalho.
"...estávamos fazendo um dinheiro realmente péssimo –
algo como 10, 7 dólares por noite, qualquer coisa assim... muito, muito
terrível. Apenas para contraste, eu costumava ganhar US$15 por noite quando
tinha 16 anos, e, agora com quase 30 anos, estava fazendo algo como US$7 por
noite! Obviamente, então eu não estava fazendo o melhor – eu estava indo pelo
sentido contrário, entende?!"—Eric Carr.
Para pagar suas
dividas e a manutenção de seu Dodge Colt 1973, Carr trabalhava durante o dia em
reparo de fogões em residências. Na mesma área de atuação, ele também
trabalhava com seu pai em consertos na Jamaica Stove Corp. no Brooklyn.
Mesmo após a saída do
tecladista Paulo Turino, o Flash manteve-se como um trio, com todos os
integrantes tanto tocando quanto fazendo os vocais. Eles tocavam em clubes em
Long Island e Nova Iorque, com covers de Joe Jackson, Van Halen, Led Zeppelin,
Jimi Hendrix, entre outros.
O pagamento diminuiu
ainda mais e Caravello pediu demissão em maio de 1980. Nesse ponto, ele
considerou desistir da música, pois já tinha 30 anos e não havia alcançado
nenhum sucesso real, recebendo salários ínfimos e praticamente nenhum tipo de
reconhecimento.
Pouco tempo depois,
teve um encontro casual com Turino, o antigo membro de sua ex-banda, em um
clube no Queens. Turino contou a Caravello sobre a saída de Peter Criss do Kiss
e sugeriu ao colega para tentar uma audição para a vaga de baterista.
Ele enviou uma fita
cassete para o Kiss com o single Shandi, último lançamento da banda até então,
desempenhada por ele e com sua voz por cima do vocal de Paul Stanley. Colocou a
fita em uma pasta laranja brilhante para torná-la destacada visualmente. Jane
Grod, funcionário do Kiss, declarou anos depois que escolheu o envelope para
ser um dos analisados justamente pelo destaque que tinha no meio da pilha.
Ao aguardar do lado
de fora da sala de audição, Caravello viu os três membros do Kiss, Ace Frehley,
Gene Simmons e Paul Stanley pelo corredor. Ele era uma das únicas pessoas fora
do círculo de familiares, amigos, músicos e parceiros de negócios que tinha
visto o Kiss sem maquiagem até então. Paul eu reconheci imediatamente. Os
outros eu não tinha certeza.
Caravello seria o
último baterista a ser ouvido pela banda. Ele pediu para os três autografarem a
lista de músicas que indicava o que deveria tocar, para o caso de nunca mais os
ver na vida. De acordo com ele, sua audição foi filmada. Na audição, pareceu
confortável e tocou com naturalidade, fazendo os arranjos perfeitamente bem,
ainda mais porque já havia estudado as versões gravadas das músicas. Ele disse
ainda que não ficou nada impressionado com a performance do Kiss durante a
audição: "Eles estavam horríveis!" "Eu tive que lembrá-los:
'Não, você então essa harmonia, eu faço essa!'... coisas assim. Foi ótimo!
Imediatamente nós estávamos trabalhando juntos, eu sei que isso os deixou
impressionados.
Uma vantagem
significativa para Caravello conseguir a vaga pode ter sido devido ao seu
relativo anonimato, uma vez que era importante para a banda manter a mística em
torno dos membros. De acordo com Paul Stanley: "Foi muito importante para
nós termos alguém que era desconhecido. Nós não queríamos alguém que na semana
passada estava na banda de Rod Stewart ou no Rainbow." Por isso, o press
release anunciando a admissão de Carr ao Kiss indicava três anos a menos do que
a idade real do baterista, a fim de confundir aqueles que procurassem
informações sobre sua verdadeira identidade.
Maquiagem e persona:
O tempo era curto e a
banda passou por dificuldade para chegar a uma persona e nome artístico para
Caravello antes do concerto de estreia.
"Nós nunca realmente dissemos que ele estava na
banda", declarou Paul Stanley no programa Night Flight da USA Network em
1983. "Nós apenas dissemos: 'Dentro de duas semanas estaremos
tocando.'"
Como Integrante do
Kiss:
O primeiro nome
artístico considerado por Caravello foi Rusty Blade, mas Gene Simmons o
dissuadiu. Ele então decidiu o seu nome definitivo com muito cuidado: ele notou
que, enquanto o nome artístico dos outros membros tinha três sílabas longas, o
nome de Criss era diferente do esquema de sílabas seguido pelo resto da banda, Peter
Criss tinha duas sílabas seguidas de uma única sílaba. Então ele decidiu que
seu nome teria o mesmo padrão rítmico de Criss, escolhendo um nome formado por
uma dissílaba e uma monossílaba de sobrenome, a fim de que quando alguém
dissesse o nome de todos os membros em seguida, ainda soasse da mesma maneira
aos ouvidos. Carr veio de Caravello, seu nome de batismo, já Eric veio de uma
lista de nomes que sua namorada na época havia lhe dado.
Para a sua persona no
palco, Carr inicialmente tentou ser The Hawk(O Falcão). O conceito de maquiagem
parecia muito difícil de ser criado e um projeto adequado nunca chegou a ser
feito. Já o traje era amarelo-alaranjado brilhante. Paul Stanley odiou a ideia
e disse que o projeto parecia o personagem Garibaldo. Então outra persona
começou a ser pensada. Com a banda em cima dos prazos(faltavam apenas duas
semanas para a estreia de Carr nos palcos), Carr então surgiu com um projeto de
maquiagem para o personagem The Fox e Gene gostou da ideia, pois combinava com
a personalidade real de Eric, que era muito astuto. Logo depois, o projeto
original ainda seria um pouco modificado nas sessões de fotos que apresentaram
Carr como membro do Kiss antes do seu primeiro concerto.
Carr foi finalmente
apresentado ao público em um programa dominical da ABC voltado para o público
jovem chamado Kids Are People Too, filmado no final de julho de 1980 que foi ao
ar em setembro do mesmo ano. Sua primeira apresentação com a banda foi na casa
de show Palladium em Nova Iorque, em 25 de julho de 1980.
Seus pais foram
orientados a não contar a ninguém a respeito da entrada de seu filho ao Kiss
para manter a mística em torno do fato de ninguém saber como era o novo membro
sem maquiagem. Quando assistiam ao primeiro concerto do filho com a banda,
foram reconhecidos por um colega que havia trabalhado com Paul Caravello na
manutenção de fogões e não fazia ideia de que era ele no palco naquela noite. O
pai de Carr, Albert Caravello, conta no DVD Tale Of The Fox que o rapaz
perguntou o que eles faziam ali. "Ele perguntou: 'Vocês gostam de Kiss?'"
"Eu respondi: 'Sim! ,Carr disse posteriormente que mesmo após entrar para
o Kiss ainda fez alguns trabalhos como técnico de fogões. No natal de 1980, a
equipe do Kiss comprou um Porsche para Eric andar apropriado ao estilo rock
star. Mas ironicamente, Eric relata que o carro quebrou diversas vezes.
Sua persona
permaneceu consistente por três anos até que a banda anunciou o abandono das
maquiagens em setembro de 1983 num programa ao vivo da MTV. A mudança drástica
veio como reação a um declínio de vendas e uma turnê fracassada nos Estados
Unidos. Carr disse que achava que a banda estava chegando ao fim, mas o Kiss
lentamente começou a se restabelecer novamente ao sucesso. Nessa época, Carr
ganhou uma grande reputação entre os fãs por ser bastante amigável e acessível.
Ele respondia muito mais cartas do que os outros membros e muitas vezes
adicionava mensagens aos seus autógrafos, não se importando muito com o tempo
para cada fã. Apesar de ter vindo substituir um membro da formação original,
Carr ganhou uma grande base de fãs rapidamente devido as suas destacadas
habilidades de percussão e sua personalidade amigável.
O primeiro álbum de
Carr com o Kiss foi Music from The Elder, que marcou a mudança de
direcionamento da banda para uma espécie de arte-rock místico. Uma das contribuições
de Carr para o álbum foi Under the Rose, uma das poucas canções do Kiss em
compasso 6/8 e que conta ainda com um coro em estilo gregoriano. Mais tarde,
ele também seria creditado como co-escritor em Loose Breakin 'All Hell, Under
the Gun, No, No, No, entre outras. Carr disse que considerava escrever letras
mais difícil do que escrever partituras.
Além de bateria, Carr
também tocava guitarra, baixo, piano e fazia backing vocals. Ocasionalmente,
ele cantou os vocais ao vivo com o Kiss, como em Black Diamond e Young and
Wasted. Seu primeiro vocal no estúdio apareceu na regravação de Beth(uma música
originalmente cantada por Peter Criss), na compilação Smashes, Thrashes &
Hits, lançada em 1988. Carr gravou sua versão da música na mesma sala da Record
Plant onde a original foi gravada e usando a mesma backing track de Criss. Carr
declarou depois que se arrependeu de cantar uma música que já tinha sua versão
definitiva desempenhada por outro membro, mas que ele estava tão desesperado em
finalmente gravar algo no vocal que concordou em fazê-lo.
Em 1989, ele gravou
uma fita demo com o guitarrista do Kiss Bruce Kulick. Carr escreveu a música,
tocou baixo e bateria e Kulick tocou guitarra. Como Carr não era um letrista
proficiente, apresentou a demo para Simmons citando um clássico de Marvin Gaye:
Ain't That Peculiar(Isso não é peculiar). Simmons reescreveu a letra e a música
foi lançada com o nome de Little Caesar, no álbum Hot in the Shade. Ele cantou
a música ao vivo algumas vezes, mas ela não foi mais tocava após o primeiro mês
da turnê. A última apresentação ao vivo de Carr com o Kiss foi em 9 de novembro
de 1990 no Madison Square Garden, Nova Iorque.
A última gravação de
estúdio de Carr foi a música God Gave Rock 'N' Roll to You II, com ele próprio
no vocal de apoio. A última aparição pública de Carr com a banda foi no MTV
Video Music Awards em setembro de 1991.
Influências:
Em seu currículo
enviado para o Kiss em 1980, Eric disse que seu estilo de tocar bateria passava
pelo heavy metal e hard rock ao pop e new wave, declarando também que conseguia
se adaptar facilmente em quase todas as situações. Dono de um estilo
essencialmente rápido, ele listava John Bonham, Keith Moon e Lenny White como
influências.
Além disso, Carr era
um ávido fã dos Beatles e de Ringo Starr. Em uma entrevista, ele lembrou:
"Eu fui pego por toda essa coisa de Beatlemania. Eu acho que fui atraído
para a bateria por causa do sentimento do ritmo e de como isso vem até você ali
sentado em seu assento. Adorava a forma como Ringo agia, identifiquei-me com
ele na hora.”
O interesse de Carr
pelo bumbo duplo veio por sua admiração por Ginger Baker e John Bonham. Em uma
entrevista dada para a 16 Magazine, ele disse: "Eu simplesmente amava a
forma como Bonham tocava bateria."
Eric também gostava
de diversos estilos musicais. O compositor Adam Mitchell disse uma vez que Carr
conhecia muito sobre folk, R&B e outros estilos além do rock. Em uma
entrevista no USA Channel em 1983, Eric disse que ouvia um monte de Neil Young
e gostava de gêneros variados de música.
De acordo com
Simmons, o estilo denso de Carr tornou o Kiss uma banda de sonoridade mais
pesada em contraste ao estilo influenciado pelo jazz de Peter Criss.
MORTE:
Em fevereiro de 1991,
Carr começou a se sentir mal. Exames médicos preliminares indicavam problemas
de saúde facilmente gerenciáveis, mas, no entanto, logo depois ele foi
diagnosticado com uma doença inesperadamente grave e extremamente rara: câncer
no coração. Em abril de 1991, Carr foi submetido a uma série de cirurgias para
remoção de diversos tumores no seu átrio direito e pulmões, numa tentativa de restaurar
a função cardíaca e impedir o crescimento do câncer. Ele se recuperou
suficientemente ao ponto de pressionar Paul Stanley e Gene Simmons para
deixá-lo voltar para a banda, já que o seu substituto Eric Singer(baterista que
havia trabalhado em uma turnê solo de Stanley) já estava fazendo gravações em
estúdio. Segundo os dois afirmaram posteriormente, eles diziam continuamente
para Carr que assim que ele estivesse completamente saudável poderia ser o
baterista do Kiss novamente. Nessa altura, a banda estava para gravar o videoclipe
de God Gave Rock and Roll To You e Carr perguntou para Gene e Paul se pelo
menos poderia estar nesse vídeo, e os dois concordaram. Ele foi para Los
Angeles em julho de 1991 para gravar o videoclipe e usou uma peruca por causa
da queda de cabelo decorrente do tratamento. Após a gravação, voltou para Nova
Iorque para continuar a se tratar. Sua saúde se deteriorou tanto ao ponto de
não conseguir tocar para as gravações de Revenge, o próximo álbum do Kiss,
então Eric Singer precisou ser chamado para gravar. Após passar os meses
seguintes em um tratamento agressivo, o câncer entrou em remissão e a saúde de
Carr parecia melhorar.
Em setembro de 1991,
participou do MTV Video Music Awards com o Kiss. Não muito tempo depois disso,
ele sofreu um aneurisma e precisou ser hospitalizado. Ele sobreviveu a esse
episódio, no entanto, alguns dias depois sofreu uma hemorragia cerebral severa
causada por células cancerosas que foram transportadas em sua corrente sanguínea
para a cabeça. Ele nunca mais recuperaria a consciência após isso. Alguns dias
depois, em 24 de novembro de 1991, Carr morreu aos 41 anos de idade.
Coincidentemente, Carr morreu no mesmo dia em que Freddie Mercury.
Para fazer jus à
acessibilidade que Carr tinha com os fãs, sua família permitiu que seu velório
fosse aberto ao público, reservando apenas o enterro como evento privado. O
cortejo fúnebre foi bastante longo e movimentado, com patrulheiros do Estado de
Nova Iorque presentes para garantir que os fãs não invadissem o cemitério. Carr
foi enterrado no Cemitério Cedar Hill em Newburgh, Nova Iorque.
Após sua morte, o
Kiss dedicou o álbum Revenge a Carr e lançou-o contendo um antigo solo gravado
pelo baterista durante as gravações de Music From The Elder intitulado Carr Jam
1981. Em 1999, em conjunto com a família de Carr, o guitarrista Bruce Kulick
produziu o álbum Rockology, que contém músicas que os dois e Adam Mitchell
estavam trabalhando antes de sua morte.
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