É uma canção composta em 1975 por
Freddie Mercury, integrante da banda britânica Queen, e incluída no seu álbum A
Night at the Opera. Esta canção não possui refrão, e consiste de três partes
principais: um segmento de balada que acaba com um solo de guitarra, uma
passagem operística e uma seção de hard rock. Nela, Freddie Mercury, Roger
Taylor e Brian May cantam respectivamente nas tessituras média, aguda e grave.
May toca a guitarra, Taylor toca bateria, tímpano e gongo, e John Deacon toca o
baixo elétrico.
Quando foi lançada como single, Bohemian
Rhapsody se tornou um sucesso comercial, ficando no topo da UK Singles Chart
por nove semanas e vendendo mais de um milhão de cópias até o fim de janeiro de
1976. Ela alcançou o topo das listas em diversos outros mercados, incluindo
Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Irlanda e Holanda.
O single foi acompanhado de um vídeo
promocional, inovador para a época, e popularizou o uso de videoclipes para
lançamento de singles , além de ter sido considerado o marco inicial da era da
MTV. Apesar de a reação crítica ter sido inicialmente dividida, particularmente
nos Estados Unidos, Bohemian Rhapsody continua sendo uma das músicas mais
populares do Queen. A revista Rolling Stone a colocou na 163° posição da sua
lista The 500 Greatest Songs of All Time, e considerou o seu solo de guitarra
como o 20° melhor solo de todos os tempos.
Freddie Mercury escreveu a maior parte de
Bohemian Rhapsody em sua casa, em Holland Road, Kensington, no oeste de
Londres. O produtor da música, Roy Thomas Baker, relatou como Mercury tocou
para ele o início do trecho da balada: "Ele tocou o início no piano, e
então parou e disse, 'E é aqui que a parte da ópera começa!' E então fomos
jantar". O guitarrista Brian May disse que a banda considerou o projeto de
Mercury para a música intrigante e original, e que merecia ser trabalhado.
Grande parte do material do Queen, de acordo com May, era escrito no estúdio,
mas essa música já estava na mente de Freddie antes de eles começarem. A musicóloga
Sheila Whiteley sugeriu que o título se baseia fortemente na ideologia do rock
contemporâneo, no individualismo do mundo boêmio do artista, com a rapsódia
afirmando os ideais românticos do art rock. Comentando sobre seu boemismo,
Judith Peraino disse que Mercury queria... [que essa música] fosse uma
zombaria, algo fora do normal nas músicas de rock, e ela realmente segue uma
certa lógica operística: coros de muitas vozes se alternam em solos melódicos,
as emoções são excessivas, e o enredo é confuso.
De acordo com Chris Smith (um pianista amigo
de Mercury), Mercury começou a desenvolver Bohemian Rhapsody no fim da década
de 1960. Mercury costumava tocar no piano partes de músicas que ele estava
escrevendo, e uma de suas peças, conhecida como The Cowboy Song, continha
letras que acabaram na versão completa que foi produzida anos depois, em 1975,
especificamente Mama... just killed a man.
As gravações começaram no Rockfield Studios,
próximo de Monmouth, em 24 de agosto de 1975, depois de três semanas de ensaio
em Herefordshire. Durante a produção da música foram usados outros quatro
estúdios (Roundhouse, SARM, Scorpion e Wessex). De acordo com alguns membros da
banda, Mercury preparou a música mentalmente em antecedência, e dirigiu a banda
durante a produção. Mercury usou um piano Bechstein, no qual ele tocou no vídeo
promocional e no tour pelo Reino Unido. Devido à natureza elaborada da música,
ela foi gravada em várias partes e a junção foi realizada usando a batida da
bateria para manter todas as faixas sincronizadas.
A música consiste de seis partes:
introdução, balada, solo de guitarra, ópera, hard rock e conclusão. Este
formato, com mudanças abruptas de estilo, tom e andamento, era incomum em
músicas de rock. Uma versão embriônica desse estilo já havia sido utilizada
pela banda em "My Fairy King" e "The March of the Black Queen.
May, Mercury e Taylor alegadamente cantaram
suas partes vocais continuamente de 10 a 12 horas por dia. Toda a peça demorou
três semanas para ser gravada, e algumas seções exigiram 180 overdubs
separados. Já que os estúdios da época ofereciam fitas analógicas com apenas 24
canais, foi necessário que os três gravassem a si mesmos muitas vezes e então
juntassem tudo em sucessivas submixagens. No fim, foram usadas fitas de até
oitava geração. As várias seções de fita contendo as submixagens desejadas
tiveram que ser cortadas com gilete e então montadas na sequência correta
usando fita adesiva. Foi o single mais caro já produzido e uma das gravações
mais elaboradas na história da música popular.
Introdução
(0:00–0:49):
A música começa com um coral a capella em quatro
partes em si bemol maior - realizado com gravações em multicanais inteiramente
de Mercury, apesar de o vídeo mostrar os quatro membros cantando esta parte. A
letra questiona se a vida é real ou apenas fantasia antes de concluir que não
pode haver escapatória da realidade.
Após 14 segundos, o piano entra e a voz de
Mercury se alterna com outras partes vocais. O narrador se apresenta como apenas
um pobre garoto, mas declara que não precisa de simpatia porque ele vem fácil,
vai fácil; um efeito cromático em vem fácil, vai fácil destaca a atmosfera onírica.
O fim desta parte é marcado pela entrada do baixo e a familiar parte do piano
em si bemol maior.
Balada (0:49–2:36):
O piano começa a parte em si bemol maior junto
com a entrada do baixo de Deacon, marcando o início dessa parte. Depois de ser
tocada duas vezes, a voz de Mercury entra. Durante o curso da seção, os vocais
evoluem de uma harmonia suavemente cantada para uma apaixonada performance solo
de Mercury. O narrador explica para sua mãe que ele havia acabado de matar um
homem com uma arma contra sua cabeça e, ao fazê-lo, jogou sua vida fora. Essa
seção confessional, comentou Whiteley, é uma afirmativa da carinhosa e
vivificante força do feminino e da necessidade de absolvição. A linha cromática
do baixo faz uma modulação para mi bemol maior, o que sustenta o clima de
desespero. É nessa altura (1:19) que a bateria de Taylor entra (apresentando o
ritmo 1-1-2 de We Will Rock You em formato de balada), e o narrador faz a
segunda de diversas invocações por sua mãe no novo tom, reutilizando o tema original.
O narrador explica seu arrependimento por fazê-la chorar e pede à sua mãe que siga
em frente como se nada importasse para ele. Uma breve variação descendente do
piano conecta com duas repetições da parte em si bemol maior, introduzindo o
segundo verso.
Enquanto a balada prossegue em seu segundo
verso, o narrador mostra quão cansado e abatido ele está por suas
ações(enquanto May entra na guitarra e imita a tessitura superior do piano aos
1:50). May imita outro objeto de percussão (uma bell tree) durante a linha
sends shivers down my spine(causa arrepios na espinha). O narrador dá adeus ao
mundo, anunciando que ele tem que ir e se prepara para encarar a verdade,
admitindo Eu não quero morrer / Às vezes, eu gostaria de nem ter nascido. Nesse
momento, começa o solo de guitarra, que eventualmente passa por uma modulação
com uma rápida série de notas descendentes, que levam a tonalidade para lá
maior, marcando o início da seção ópera.
Solo de guitarra
(2:36–3:03):
Enquanto Mercury canta a linha ascendente Às
vezes, eu gostaria de nem ter nascido, o volume de som aumenta, chegando ao
solo de guitarra tocado e composto por May, que serve como uma ponte entre a
balada e a ópera. A intensidade continua a crescer, mas assim que a nova
tonalidade é estabelecida a banda emudece abruptamente aos 3:03, exceto pelo
piano.
O produtor Baker lembrou que o solo de May foi
feito em apenas uma faixa, ao invés de gravar faixas múltiplas. May afirmou que
queria compor uma pequena melodia que seria uma contrapartida da melodia
principal; eu não queria apenas tocar a melodia. O guitarrista disse que seu
melhor material provém dessa forma de trabalho, na qual ele pensa na melodia
antes de tocá-la: os dedos tendem a ser previsíveis, a não ser que estejam
sendo controlados pelo cérebro.
Ópera (3:03–4:07):
Uma rápida série de mudanças rítmicas e
harmônicas introduzem uma seção intermédia pseudo-operística, que contém a
maior parte dos elaborados vocais, representando a descida do narrador ao
inferno. Apesar de o pulso básico da música ser mantido, a dinâmica varia muito
de compasso para compasso, desde apenas a voz de Mercury acompanhada pelo
piano, até um coro de várias vozes apoiados pela bateria, baixo, piano e
tímpano.[24] De acordo com Roger Taylor, a sua voz combinada com as de May e
Mercury criou um amplo alcance vocal: "Brian podia alcançar notas muito
baixas, Freddie tinha uma voz poderosa nas notas médias, e eu era bom com as
notas altas." A banda quis criar "uma parede de som, que começa baixa
e vai até o alto."[10] A banda usou o efeito de sinos para as expressões
"Magnifico" e "Let me go".[24] Além disso, em "Let me
go", Taylor, cantando a parte mais alta,[24] continua por um tempo após o
"coro" ter parado de cantar.
Referências líricas nesta passagem incluem
Scaramouche, o fandango, Galileo Galilei, o Figaro, e Bismillah, enquanto
facções rivais lutam pela alma do narrador. Peraino chamou a sequência tanto de
um julgamento em quadrinhos e um rito de passagem... um coro acusa, outro
defende, enquanto o herói apresenta a si mesmo como pacífico e astuto. A introdução
da música é lembrada em I'm just a poor boy, nobody loves me. A seção conclui
com um tratamento completo de coral na frase Beelzebub has a devil put aside
for me!, num bloco em si bemol maior. Usando a tecnologia de 24 faixas
disponível na época, a seção ópera demorou cerca de três semanas para ser
finalizada.
Hard rock/Heavy
metal (4:07–4:56):
A seção operística leva a um
agressivo interlúdio musical hard rock/heavy metal, com um riff de guitarra
escrito por Mercury. Aos 4:15, Mercury canta palavras raivosas dirigidas a um você
não especificado, acusando-o(a) de traição e abuso e insistindo que ele(a) não
pode fazer isso comigo, o que poderia ser interpretado como um flashback para
certos eventos que levaram à seção de balada(acabei de matar um homem). A
guitarra toca três passagens ascendentes e Mercury novamente executa uma parte
em si bemol maior, enquanto a música se aproxima do final com um ritardando.
Conclusão
(4:56–5:55):
Depois de May tocar algumas
notas, a música retorna ao tempo e forma da introdução, inicialmente em mi
bemol maior, antes de rapidamente mudar para dó menor, e logo entra em uma
série de modulações curtas, voltando ao dó menor em tempo para a seção nothing
really matters final. Uma guitarra acompanha o coro ooh, ooh yeah, ooh yeah.
Uma melodia é tocada por um amplificador criado por John Deacon, carinhosamente
apelidado de Deacy Amp. A linha de Mercury Nothing really matters... aparece
novamente, embalado por leves arpejos de piano, sugerindo tanto a resignação(tonalidades
menores) quanto um novo sentido de liberdade no amplo leque vocal. Depois que a
linha nothing really matters é repetida várias vezes, a música finalmente acaba
em mi bemol maior. A última parte da letra, cantada calmamente, Anyway the wind
blows é seguida pela batida de um gongo, que marca o fim da música.
O The New York Times comentou que a
característica mais distintiva da música é a letra fatalista. Mercury se
recusou a explicar sua composição, dizendo apenas que se tratava de
relacionamentos; a banda ainda protege o segredo da música. Brian May apoia
sugestões de que a música possui referências veladas a traumas pessoais de
Mercury, relembrando que Freddie era uma pessoa muito complexa: irreverente e
engraçada no exterior, mas escondia inseguranças e problemas com sua vida e sua
infância. Ele nunca explicou a letra, mas eu acho que ele colocou muito de si
mesmo naquela música. May, entretanto, diz que a banda concordou que o ponto
central da letra era um problema íntimo do compositor. Em um documentário da
BBC Three sobre o making of de Bohemian Rhapsody, Roger Taylor afirmou que o
verdadeiro significado da música é bastante auto-explicativo, apenas com um
pouco de nonsense no meio.
Entretanto, quando a banda lançou seu cassette
Greatest Hits no Irã, um folheto em Persa foi incluído com tradução e explicações(referenciando
um livro publicado no Irã, chamado The March of the Black Queen de Sarah Sefati
e Farhad Arkani, o qual incluía uma trajetória completa da banda e letras
completas com tradução para o persa). Na explicação, Queen diz que Bohemian
Rhapsody fala sobre um jovem homem que acidentalmente matou alguém e, como
Fausto, vendeu sua alma ao diabo. Na noite anterior à sua execução, ele chama
pelo Deus dos Mulçulmanos, Bismillah, e com a ajuda de anjos, recupera sua alma
de Shaitan.
Apesar disso, críticas, tanto jornalísticas
quanto acadêmicas, especularam sobre o significado por trás da letra da música.
Alguns acreditam que ela descreve um assassino suicida atormentado por demônios
ou retrata eventos que precedem uma execução. Essa última explicação aponta,
como uma provável inspiração, para o romance de Albert Camus, O Estrangeiro, no
qual um jovem confessa um assassinato por impulso e tem uma epifania antes de
ser executado. Outros acreditam que a letra foi escrita apenas para se encaixar
na música, e que não possui significado; Kenny Everett citou Mercury afirmando
que a letra era apenas um nonsense aleatório e com rimas. Mesmo assim, outros
interpretaram a letra como uma maneira de Mercury enfrentar seus problemas pessoais.
-É uma daquelas
músicas que possui um sentimento de fantasia. Eu acho que as pessoas deveriam
apenas ouví-la, pensar sobre ela, e então refletir sobre o que ela tenta lhes
dizer... Bohemian Rhapsody não surgiu do nada. Eu pesquisei um pouco, apesar de
ser uma brincadeira que zomba da ópera. Por que não?
Quando a banda quis lançar o single em 1975,
vários executivos sugeriram que, com 5 minutos e 55 segundos, a música era
longa demais e nunca se tornaria um hit. De acordo com o produtor Roy Thomas
Baker, ele e a banda contornaram essa decisão corporativa ao tocar a música
para o DJ da Capital Radio, Kenny Everett: Nós tínhamos uma versão completa,
mas dissemos que ele só podia recebê-la se prometesse não tocá-la. Eu não vou
tocar, ele disse, piscando o olho". Seu plano funcionou - Everett provocou
seus ouvintes ao tocar apenas partes da música. A demanda da audiência se
intensificou quando Everett tocou a música inteira em seu show 14 vezes em dois
dias. Hordas de fãs tentaram comprar o single na segunda-feira seguinte, apenas
para serem informados pelas lojas de discos que ele não havia sido lançado. No
mesmo fim de semana, Paul Drew, que dirigia as estações RKO nos Estados Unidos,
ouviu a música no show de Everett, em Londres. Drew conseguiu uma cópia da fita
e começou a tocá-la nos EUA. Em uma entrevista com a Sound on Sound, Baker
refletiu que foi uma situação estranha onde rádios de ambos os lados do
Atlântico estavam quebrando recordes com uma música que as empresas disseram
que não seria tocada! Eventualmente, o single sem edições foi lançado, com I'm
in Love with My Car no Lado B.
A música se tornou a número um do Natal de
1975 nas paradas do Reino Unido, mantendo a posição por nove semanas. Bohemian
Rhapsody foi a primeira música a alcançar a primeira posição duas vezes com a
mesma versão, e também foi o único single a ter sido número um de Natal no
Reino Unido duas vezes com a mesma versão. A segunda vez foi no seu
relançamento(junto com These Are the Days of Our Lives) em 1991, logo após a
morte de Mercury, ficando no primeiro lugar por cinco semanas.
Nos Estados Unidos o single foi um sucesso(apesar
de numa escala menor do que no Reino Unido). O single original, lançado no
início de 1976, alcançou a nona posição na Billboard Hot 100, enquanto que no
relançamento em 1992(programado para sair junto ao filme no qual aparecia,
Wayne's World) alcançou a segunda posição. Em uma entrevista retrospectiva,
Anthony DeCurtis, da revista Rolling Stone, explicou a performance inicial
relativamente fraca da música nos EUA, dizendo que era um excelente exemplo do
tipo de coisa que não se dá muito bem na América. Sua longa permanência nas
paradas, 24 semanas, resultou em ser listada como 18° dentre os maiores hits de
1976 - mais alto do que alguns singles que alcançaram número 1 no mesmo ano. O
single também recebeu disco de ouro por vender mais de um milhão de cópias nos
EUA. Com o público canadense o single se saiu melhor, alcançando a primeira
posição nas paradas nacionais em 1 de maio de 1976.
Apesar de alguns artistas terem feito antes
videoclipes para acompanhar músicas(incluindo o próprio Queen; por exemplo, Keep
Yourself Alive, Seven Seas of Rhye, Killer Queen e Liar já tinham propagandas
populares), só depois do sucesso de Bohemian Rhapsody é que a produção de
vídeos promocionais para singles se tornou uma prática regular da indústria da
música. Esses vídeos podiam ser mostrados em shows na TV, como o Top of the
Pops da BBC, sem a necessidade do artista aparecer pessoalmente. Um vídeo
promocional também permitia que o artista tivesse sua música transmitida e
acompanhada por um visual de sua escolha, ao invés de dançarinos, já que
poderia ficar estranho dançar numa música tão complexa. O vídeo tem sido
reconhecido como o lançamento da era da MTV.
A banda foi contratada pela empresa Trilion,
que fornecia cobertura de esportes para a ITV. Um de seus caminhões foi alugado
e enviado ao Elstree Studios, onde a banda estava ensaiando para seu tour. O
vídeo foi dirigido por Bruce Gowers, que também dirigiu um vídeo da
apresentação da banda em 1974 no Rainbow Theatre, Londres, e foi gravado pelo
cameraman Barry Dodd e o assistente Jim McCutcheon. O vídeo foi gravado em
apenas quatro horas, em 10 de novembro de 1975, e custou £4,500. O diretor
disse que toda a banda estava envolvida na discussão do vídeo e do resultado
final, embora houvesse apenas um líder.
O vídeo inicia com uma imagem dos quatro
membros da banda na penumbra, enquanto cantam a parte a capella. As luzes se
apagam, e a imagem muda para close-ups de Freddie. A composição da imagem é a
mesma da capa do seu segundo álbum, Queen II. A foto, inspirada em uma
fotografia da atriz Marlene Dietrich, era a imagem favorita da banda. O vídeo
então muda para a banda tocando seus instrumentos. Na seção operística o
cenário volta às posições do Queen II, depois do que eles retornam ao palco
durante a parte de rock.
Todos os efeitos especiais foram realizados
durante a gravação, e não por edição. O efeito visual do rosto de Mercury
aparecendo em cascata(durante a linha ecoada go) foi realizada ao apontar a
câmera para um monitor, dando feedback visual, um brilho semelhante ao feedback
de áudio. O efeito de colmeia foi criado usando uma lente modificada. O vídeo
foi editado em cinco horas, pois deveria ser transmitido na mesma semana em que
foi gravado. Foi enviado para a BBC assim que terminado, e transmitido pela
primeira vez em Top of the Pops, em novembro de 1975. Depois de algumas semanas
em primeiro lugar, foi criada uma versão editada. As diferenças mais óbvias são
as chamas sobrepostas e diversos ângulos de câmera alterados.
Apesar de ter se tornado uma das mais
reverenciadas músicas na história da música popular, algumas reações críticas
iniciais foram fracas. Mesmo assim, a música recebeu numerosos prêmios, e tem
sido parodiada e interpretada por muitos artistas. Em 1977, apenas dois anos
depois de seu lançamento, a British Phonographic Industry nomeou Bohemian
Rhapsody como o melhor single britânico no período de 1952-1977. O single está
regularmente presente em enquetes de melhores músicas, e foi nomeada pelo
Guinness Book of Records como o melhor single britânico de todos os tempos. Em
2004 a revista Rolling Stone colocou a música em centésimo sexagésimo terceiro
lugar na sua lista The 500 Greatest Songs of All Time. A música também está listada na Rock and Roll
Hall of Fame's 500 Songs that Shaped Rock and Roll".
A música alcançou décimo lugar na enquete
da BBC World Service, para encontrar a canção favorita em todo o mundo. Em
2000, ela ficou em segundo lugar, atrás de Imagine de John Lennon, na enquete
do Channel 4 sobre The Best Number 1s. Ela tem estado nas cinco primeiras
posições do anual All-time Top 100 Singles holandês desde 1977, alcançando a
primeira posição em oito ocasiões, mais do que qualquer outro artista. Em 1999,
a enquete anual Top 2000 começou a procurar as melhores músicas já criadas, e Bohemian
Rhapsody tem sido a número um em todos os anos, com exceção de 2005 e 2010.
Em 2004, a música foi incluída no Grammy Hall
of Fame. Até 2004 Bohemian Rhapsody foi a segunda canção mais tocada na rádio
britânica, em clubes e em jukeboxes coletivos. A BBC Radio 2 revelou, no
aniversário de 50 anos da UK Charts, numa lista das 100 maiores músicas, que Bohemian
Rhapsody foi a música mais tocada desde o lançamento da rádio, seguida de
Imagine de John Lennon e Hey Jude dos Beatles. Em 2004 a BBC Three apresentou a
música como parte de sua série de documentários The Story of..., dedicado a
músicas específicas. Transmitido pela primeira vez em dezembro de 2004, o
programa mostrou a história da música, discutiu suas credenciais, e levou Roger
Taylor e Brian May de volta a um dos estúdios no qual a música foi gravada.
Em 1992, a canção foi cantada pelo cantor
britânico Elton John e por Axl Rose no concerto de tributo a Freddie Mercury,
The Freddie Mercury Tribute Concert.] Em 1997, foi gravada por Montserrat
Caballe e por Bruce Dickinson para o álbum Friends For Life. Em 2009, os The
Muppets gravaram e lançaram digitalmente como single uma versão da música com
um toque infantil. Também foi feito um vídeo musical do single, dirigido por
Kirk Thatcher. No mesmo ano, a cantora Pink cantou a canção na paragem da
digressão Funhouse Tour na Austrália. No ano seguinte, o elenco da série de
televisão americana Glee fez uma versão no episódio Journey. Em 2011, Christina
Aguilera, Cee Lo Green, Adam Levine e Blake Shelton fizeram uma versão no
reality show The Voice. Mais tarde, a versão foi utilizada no comercial de
lançamento do carro Volkswagen Fox Rock in Rio. Em 2015, The Forest Rangers,
The White Buffalo, Billy Valentine & Franky Perez gravaram uma versão para
o primeiro episódio da sétima temporada do seriado Sons of Anarchy. Em 2016, a
música foi colocada nos trailers do filme Esquadrão Suicida. Em 2017, o grupo a
capella Pentatonix (PTX) fez uma versão apenas com vozes.